Algum tempo passado, em épocas diferentes, assisti duas reportagens que chamou minha atenção em relação ao SER PAI.
As reportagens apresentavam, mais ou menos, assim o assunto:
Reportagem.1: Pessoas (já na fase adulta) bem estruturadas na vida, que tiveram apenas a presença da mãe, pois o pai não havia assumido a gravidez, estavam em busca de encontrar o PAI; para conhecer e se fazerem conhecidos.
A mãe havia desempenhado sua função duplicada, mas, era como se aqueles adultos tivessem vivido toda sua vida, até então, com um vazio enorme, e, tendo a sensação de que o vazio seria preenchido sob o olhar do PAI.
*
Reportagem.2: Uma pesquisa realizada com prisioneiros surpreendeu ao ser constatado uma semelhança entre eles: não existiu a presença do PAI! Alguns responderam que o PAI não foi presente, outros que não conheceram o PAI.
**
Pensando nessas duas reportagens me veio uma vontade de deixar para o DIA DOS PAIS (nesse próximo dia 09/08/09) um contexto que apresente, de alguma forma, a sua REAL IMPORTÂNCIA.
Assim, sendo, convidei um querido amigo para participar comigo nessa publicação.
*Que fique a lembrança de que a ‘teoria’ existe para ser analisada. A vida, de cada um, é nada mais, nada menos, do que o reflexo da ‘prática’.
As reportagens apresentavam, mais ou menos, assim o assunto:
Reportagem.1: Pessoas (já na fase adulta) bem estruturadas na vida, que tiveram apenas a presença da mãe, pois o pai não havia assumido a gravidez, estavam em busca de encontrar o PAI; para conhecer e se fazerem conhecidos.
A mãe havia desempenhado sua função duplicada, mas, era como se aqueles adultos tivessem vivido toda sua vida, até então, com um vazio enorme, e, tendo a sensação de que o vazio seria preenchido sob o olhar do PAI.
*
Reportagem.2: Uma pesquisa realizada com prisioneiros surpreendeu ao ser constatado uma semelhança entre eles: não existiu a presença do PAI! Alguns responderam que o PAI não foi presente, outros que não conheceram o PAI.
**
Pensando nessas duas reportagens me veio uma vontade de deixar para o DIA DOS PAIS (nesse próximo dia 09/08/09) um contexto que apresente, de alguma forma, a sua REAL IMPORTÂNCIA.
Assim, sendo, convidei um querido amigo para participar comigo nessa publicação.
*Que fique a lembrança de que a ‘teoria’ existe para ser analisada. A vida, de cada um, é nada mais, nada menos, do que o reflexo da ‘prática’.
***
Entrevista realizada com Dr. Geovar Poubel (psicanalista, graduando em filosofia):
Sandra Valeriote: Qual valor representa o PAI, na vida do filho, principalmente, na fase inicial?
Dr. Geovar Poubel: Representa tudo! A presença do pai comunica a segurança e o referencial emocional na criança. Quantas vezes o pai se envolve com o trabalho, a carreira, os estudos, a vida social e não acompanha o crescimento, o desenvolvimento e os progressos de seus filhos, e de repente os vê adultos, sem que aproveitasse o privilégio de estar com eles.
Um dia chorei abundantemente abraçado com minha filha mais velha porque ela chegou pra mim e disse, com lágrimas nos olhos, que eu não parava em casa e que queria mais a minha presença. Foi um golpe duro que sofri como pai, mas foi bom ter acontecido aquilo.
A presença do pai é insubstituível, principalmente na pequena infância quando a sexualidade da criança é, geralmente, definida.
Sandra Valeriote: Se um casal deixa de ter harmonia, entre si, qual seria uma melhor forma da mulher se comportar em relação ao filho com o PAI?
Dr. Geovar Poubel: A maior bobagem que uma mãe faz é tentar “apagar” ou denegrir a figura paterna diante dos filhos. Ela não imagina o estrago que está fazendo no emocional deles. Se houver alguns dissabores entre os cônjuges, devem conversar longe dos filhos.
Sandra Valeriote: Ocorre uma gravidez não planejada, e o homem não participa do ato de educar o filho: assim a mãe precisa criar a criança sozinha.
Qual seria uma melhor forma da mãe lidar com essa situação, principalmente, nos primeiros anos de vida do filho?
Dr. Geovar Poubel: Caso o pai seja ausente, é claro que não será sempre, caso vivam juntos, a mãe deve suprir a necessidade afetiva de seu filho. A ausência da figura masculina pode ser transferida pela do vovô ou do titio, ou até mesmo do irmão mais velho. Há muitos casos de mães que cuidam de seus filhos pequenos sozinhas; ou porque aconteceu o divórcio ou porque seus maridos faleceram, no entanto seus filhos cresceram maduros e ajustados emocionalmente. Mães sábias abençoam seus filhos sempre em quaisquer circunstâncias!
Sandra Valeriote: Existe uma promessa feita na frente de várias testemunhas (casamento) entre um casal apaixonado: “... prometo ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe”.
Entre a maioria dos casais, após essa promessa, no decorrer, vem o “elo” – o filho – que os ligará, realmente, até que uma morte os separe.
A promessa se desfaz, trazendo divórcio (que se torna cada vez mais comum), e, os pais passam a se relacionar com outros parceiros. Nessa situação o PAI, na maioria dos casos, é o que mais se ausenta da vida do filho. O que o PAI deve entender sobre as consequências dessa ausência?
Geovar Poubel: Há situações delicadíssimas e essa citada é uma delas. Um psiquiatra deu uma entrevista nas ‘páginas amarelas’ da Revista Veja, dizendo que a dor de um divórcio é equivalente a da perda de um ente querido. Filhos de pais separados são marcados na alma para sempre, infelizmente. Ninguém sai ileso. Trabalhei dois anos numa clínica para dependentes químicos e constatei que a maioria deles eram filhos de pais separados. Será que foi apenas uma coincidência? Óbvio que não!
Voltando à sua pergunta, o que o pai precisa saber é que ele vai causar muita dor no coração de seu filho e que ele pode prejudicar toda uma geração. Tania Zagury, escritora, orienta que se os pais se separarem, devem conversar com muito carinho com os filhos, explicando-lhes com realismo e objetividade que a vida dos dois (pai e mãe) não deu certo por tais motivos e que cada um vai tentar refazê-la, mas que ambos continuam a ser o pai e a mãe que sempre os amaram e protegeram e, principalmente, que isso não vai mudar.
Sandra Valeriote: Tem uma frase famosa que muitas mulheres/mães usam com os filhos em momento difícil, que é: “Vou contar para seu pai”!
Costuma essa frase gerar um resultado positivo (para a mãe) em relação ao que a criança esteja fazendo de errado. Porque essa frase causa esse impacto?
Geovar Poubel: A criança não pode crescer pensando que seu pai é um carrasco e que quando chega em casa é só para acertar as contas com ela. O ideal é que a mãe não deixe somente para o pai resolver toda a questão disciplinar sozinho.
Há mães perversas que manipulam os filhos e marcam negativamente a figura paterna em seus filhos. A criança pode achar o pai um ‘chato’, alguém com atitudes apenas castradoras.
De qualquer forma a figura do “pai” será sempre o aferidor da criança e da família. Ele não é apenas o provedor do lar, (que hoje em dia não é mais só ele em muitos casos) mas aquele que protege, que dá segurança.
Sandra Valeriote: Qual valor representa o PAI, na vida do filho, principalmente, na fase inicial?
Dr. Geovar Poubel: Representa tudo! A presença do pai comunica a segurança e o referencial emocional na criança. Quantas vezes o pai se envolve com o trabalho, a carreira, os estudos, a vida social e não acompanha o crescimento, o desenvolvimento e os progressos de seus filhos, e de repente os vê adultos, sem que aproveitasse o privilégio de estar com eles.
Um dia chorei abundantemente abraçado com minha filha mais velha porque ela chegou pra mim e disse, com lágrimas nos olhos, que eu não parava em casa e que queria mais a minha presença. Foi um golpe duro que sofri como pai, mas foi bom ter acontecido aquilo.
A presença do pai é insubstituível, principalmente na pequena infância quando a sexualidade da criança é, geralmente, definida.
Sandra Valeriote: Se um casal deixa de ter harmonia, entre si, qual seria uma melhor forma da mulher se comportar em relação ao filho com o PAI?
Dr. Geovar Poubel: A maior bobagem que uma mãe faz é tentar “apagar” ou denegrir a figura paterna diante dos filhos. Ela não imagina o estrago que está fazendo no emocional deles. Se houver alguns dissabores entre os cônjuges, devem conversar longe dos filhos.
Sandra Valeriote: Ocorre uma gravidez não planejada, e o homem não participa do ato de educar o filho: assim a mãe precisa criar a criança sozinha.
Qual seria uma melhor forma da mãe lidar com essa situação, principalmente, nos primeiros anos de vida do filho?
Dr. Geovar Poubel: Caso o pai seja ausente, é claro que não será sempre, caso vivam juntos, a mãe deve suprir a necessidade afetiva de seu filho. A ausência da figura masculina pode ser transferida pela do vovô ou do titio, ou até mesmo do irmão mais velho. Há muitos casos de mães que cuidam de seus filhos pequenos sozinhas; ou porque aconteceu o divórcio ou porque seus maridos faleceram, no entanto seus filhos cresceram maduros e ajustados emocionalmente. Mães sábias abençoam seus filhos sempre em quaisquer circunstâncias!
Sandra Valeriote: Existe uma promessa feita na frente de várias testemunhas (casamento) entre um casal apaixonado: “... prometo ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza até que a morte nos separe”.
Entre a maioria dos casais, após essa promessa, no decorrer, vem o “elo” – o filho – que os ligará, realmente, até que uma morte os separe.
A promessa se desfaz, trazendo divórcio (que se torna cada vez mais comum), e, os pais passam a se relacionar com outros parceiros. Nessa situação o PAI, na maioria dos casos, é o que mais se ausenta da vida do filho. O que o PAI deve entender sobre as consequências dessa ausência?
Geovar Poubel: Há situações delicadíssimas e essa citada é uma delas. Um psiquiatra deu uma entrevista nas ‘páginas amarelas’ da Revista Veja, dizendo que a dor de um divórcio é equivalente a da perda de um ente querido. Filhos de pais separados são marcados na alma para sempre, infelizmente. Ninguém sai ileso. Trabalhei dois anos numa clínica para dependentes químicos e constatei que a maioria deles eram filhos de pais separados. Será que foi apenas uma coincidência? Óbvio que não!
Voltando à sua pergunta, o que o pai precisa saber é que ele vai causar muita dor no coração de seu filho e que ele pode prejudicar toda uma geração. Tania Zagury, escritora, orienta que se os pais se separarem, devem conversar com muito carinho com os filhos, explicando-lhes com realismo e objetividade que a vida dos dois (pai e mãe) não deu certo por tais motivos e que cada um vai tentar refazê-la, mas que ambos continuam a ser o pai e a mãe que sempre os amaram e protegeram e, principalmente, que isso não vai mudar.
Sandra Valeriote: Tem uma frase famosa que muitas mulheres/mães usam com os filhos em momento difícil, que é: “Vou contar para seu pai”!
Costuma essa frase gerar um resultado positivo (para a mãe) em relação ao que a criança esteja fazendo de errado. Porque essa frase causa esse impacto?
Geovar Poubel: A criança não pode crescer pensando que seu pai é um carrasco e que quando chega em casa é só para acertar as contas com ela. O ideal é que a mãe não deixe somente para o pai resolver toda a questão disciplinar sozinho.
Há mães perversas que manipulam os filhos e marcam negativamente a figura paterna em seus filhos. A criança pode achar o pai um ‘chato’, alguém com atitudes apenas castradoras.
De qualquer forma a figura do “pai” será sempre o aferidor da criança e da família. Ele não é apenas o provedor do lar, (que hoje em dia não é mais só ele em muitos casos) mas aquele que protege, que dá segurança.
***
Deixo aqui meus sinceros agradecimentos ao amigo Geovar, por ter colaborado com a minha ideia para essa publicação: sabendo o quanto a vida dele é cheia de compromissos.
Deixo, também, votos de que ele tenha um ABENÇOADO DIA DOS PAIS, sendo o mesmo PAPAI de duas lindas meninas.
E para concluir desejo que TODOS OS PAPAIS sejam muito abençoados por Deus com a sabedoria necessária para se realizarem plenamente como PAI – Reconhecendo a sua insubstituível IMPORTÂNCIA NA VIDA DO FILHO.
Deixo, também, votos de que ele tenha um ABENÇOADO DIA DOS PAIS, sendo o mesmo PAPAI de duas lindas meninas.
E para concluir desejo que TODOS OS PAPAIS sejam muito abençoados por Deus com a sabedoria necessária para se realizarem plenamente como PAI – Reconhecendo a sua insubstituível IMPORTÂNCIA NA VIDA DO FILHO.
3 comentários:
Belíssima reportagem e publicação!!
Também desejo ao Pastor Geovar um Feliz dia dos Pais.. e para Murilo,, enfim.... a todos "papais" presentes ou não na vida de seus filhos (as).
Saúde e Sucesso Sempre!!!!!
Parabéns pelo belo trabalho e obrigada por compartilhar conosco seu empenho e dedicação. Escrever é maravilhoso,pois educa, enriquece, transforma... muitos que através da leitura participam da criação da obra do autor.
Abraços...
Outra Revista
Parabéns, Sandra! Bela iniciativa de nos trazer uma visão qualificada sobre a importância da figura paterna.
Postar um comentário