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domingo, junho 28, 2009

Incêndio em vegetação, um problema urbano

Observa-se já há alguns dias que o processo de estiagem, comum entre os meses de maio e outubro, na região do noroeste do Estado do Rio de Janeiro, tem-se intensificado e com isso, modificado a paisagem local pelo ressecamento das pastagens e vegetação em geral, além de reduzir as reservas hidrológicas, produzir reflexos importantes sobre o agrobussines, aumentar os riscos de incêndio em vegetação, intensificar a poluição atmosférica e agravar, em alguns casos, o quadro de afecções respiratórias das pessoas.
PARA O CORPO DE BOMBEIROS, o fato que mais chama atenção são os incêndios em vegetação localizados em áreas urbanas. Os números de chamadas aumentam consideravelmente e, geralmente, o pedido de socorro se dá através de pessoas que estão com suas residências envoltas pela fumaça. O desespero aumenta quando há crianças recém nascidas, pessoas com problemas respiratórios ou idosos que apresentam um quadro de hipertensão, arteriosclerose ou insuficiência respiratória. O que geralmente as pessoas, quando irresponsavelmente, provocam esses incêndios, não sabem, é que, a combustão de matéria orgânica em geral, como lixo, capim, madeira, etc., produz em larga escala, gás carbônico e monóxido de carbono.
Gás carbônico – é asfixiante e o principal responsável por reduzir consideravelmente a taxa de oxigênio do ambiente. Leva à morte por asfixia.

Monóxido de carbono – é tóxico e ao adentrar na corrente sanguínea mata em questão de minutos. A combinação desses gases, dependendo da taxa de concentração no ambiente, mata instantaneamente e, se a pessoa estiver dormindo no momento em que a concentração se inicia, o risco da pessoa morrer dormindo é extremo, vez que há perda de consciência por asfixia ou redução da taxa de oxigênio, bem como, intoxicação por inalação de monóxido de carbono. Outras vezes, esses gases agravam o estado de saúde do morador e sobrecarregam as emergências hospitalares expondo muitos ao risco de morte.
Não são poucos os casos de mortes por concentração de fumaça no ambiente residencial. Os fatos servem de alerta!
Ressalta-se ainda, que, se o incêndio fugir ao controle, áreas vizinhas de matas, florestas, pastos e quintais ficarão sujeitas a sérios danos, e poderá causar prejuízos ao trabalhador rural por queimar árvores, destruir plantações e cercas, matar animais, etc.
A sociedade em geral precisa denunciar esses casos ao IBAMA, à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Polícia Militar, pois causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou ao patrimônio de outrem é crime.

NA ÁREA URBANA
As ocorrências geralmente se dão junto às encostas e pastagens que possuem macegas ralas e abundante proliferação de capim do tipo colonião (vegetal de alta combustibilidade), além de terrenos baldios e pequenos depósitos de lixos.

NA ZONA RURAL
Fazer queimada é prática comum entre agricultores e pecuaristas, porém, a mais prejudicial e perigosa por destruir árvores em geral, reduzir a biodiversidade, intensificar o processo de erosão do solo e contribuir para o agravamento do aquecimento global.
Em ambos os casos, a queimada requer autorização do IBAMA ou da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, do contrário, a pessoa fica sujeita a ser responsabilizada civil e criminalmente.

ANTES DE QUEIMAR:
* Consulte o IBAMA ou a Secretaria Municipal de Meio Ambiente da sua cidade;
* Estude as características do terreno;
* Presta atenção ao clima e ao horário;
* Informe ao Corpo de Bombeiros e avise seu vizinho com antecedência sobre o local, dia e hora;
* Certifique-se de que a fumaça não atingirá a vizinhança;
Por fim, seja responsável!
Fonte: Jornal Útil – nº 006 (distribuição no Noroeste Fluminense)

Imagens: internet




Um comentário:

Anônimo disse...

Com as baixas temperaturas, a fumaça das queimadas tendem a ficar estacionada na camada mais baixa, causando um perigo ainda maior à população.
Abraços, Larry.