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quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Entrevista Comercial - Pessoas Especiais, Cuidados Especiais

É com muita satisfação que trago para nosso espaço esse contexto elaborado pelo Informe Comercial - ACIA (edição de janeiro/2009).
O tema envolve pessoas com necessidades especiais e os cuidados que devem ser dirigidos a elas.
Assim espero pela satisfação de ter mais uma vez (ou que seja uma primeira vez) sua companhia através dessa entrevista:
por: Drª Maria Inês Caraline de Almeida Castelo Branco - Psicóloga - Coordenadora Técnica da APAE em São José de Ubá
1.Como é visão atual a cerca de portadores de necessidades especiais?
A visão atual é bem diferente da visão do século XX ou mesmo antes, pois eram tidos e vistos como loucos, incapazes, segregados da sociedade. Antigamente as próprias famílias não saíam de casa com o filho especial. Atualmente é o contrário, as leis cada vez mais fazem valer a idéia de que eles são produtivos e capazes.
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2. Qual é o objetivo principal do trabalho realizado com crianças especiais?
O objetivo hoje difere da visão do passado que era apenas uma visão clínica, ou seja, cuidava-se da deficiência. Atualmente o objetivo é dar funcionalidade dentro da limitação de cada criança.
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3. Aponte para os leitores do Informe qual ou quais as maiores dificuldades encontradas pelos portadores de necessidades especiais e pelos seus pais?
Apesar de a lei existir e determinar que todos sejam iguais perante a sociedade, continuam a existir preconceitos, barreiras, impedimentos, etc.; e os pais também sofrem desse mesmo preconceito, ou seja, as pessoas ainda vêem o especial “com pena”.
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4. Na sua visão profissional, como a sociedade pode contribuir para o bem-estar pleno desses cidadãos?
Primeiramente o especial deve ser visto como um ser igual aos outros não como um ser diferente. A sociedade tem percebido e aceitado melhor a criança especial até mesmo em relação ao mercado de trabalho, pois a lei determina que vagas sejam oferecidas a elas e isto tem ocorrido com uma maior freqüência, pois se vê pessoas especiais em vários setores da sociedade. Então eles têm sido acolhidos sem o estigma do infeliz, do impotente, dos que não aprendem. É importante citar que o atendimentos Psicoterápico objetiva também trabalhar sua auto-estima para que elas próprias não se sintam incapazes nem envergonhadas de suas limitações, enfrentando os desafios que a sociedade às vezes impõem.
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5. Inclusão em escolas regulares ou ensino em instituições especializadas, qual a opção ideal?
Cada vez mais acompanhamos as mudanças ocorridas na visão do MEC (Ministério da Educação e Cultura) e da própria Federação Nacional das APAEs no sentido de promover a inclusão de crianças portadoras de necessidades educacionais especiais no ensino regular comum, pois perante a lei não importa a patologia, o diagnóstico. É preciso se trabalhar com a diversidade e quanto mais isso ocorre melhor para todos. A opção ideal perante a lei é em uma escola regular comum, mas as vezes o que ocorre é a integração, não a inclusão, isto é: “Inclusão não é só colocar a crianças na escola, ele deve se preparar para receber este aluno e não o contrário”.
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As fotografias, apresentas na publicação, provém da Rede Bazar Souza, em São José de Ubá - O comércio pioneiro na inclusão de portadores de necessidades especiais no mercado de trabalho. É nítido que a produtividade eleva a auto-estima!
Afinal, o importante não são os cromossomos. O importante é no que nos transformamos. Qualquer um tem garantido o direito de ser... de ser respeitado, de ser feliz.
Obrigada pela companhia.
Paz e bem!

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