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quarta-feira, novembro 05, 2008

Em relação a publicações feitas no início dessa semana aconteceu um “não entendimento” em quem visita constantemente o blog, e não é ubaense.
Bem, a resposta se encontra em "comentários" na publicação: Aniversário da Monique Eccard parte II.
Oportunamente aproveito para compartilhar um texto bem interessante de um jornalista que ando acompanhando e apreciando muito o trabalho dele.
Vale a pena à leitura! ;)
Paz e bem!
A CAVERNA DE CADA UM
Todos nós enfrentamos momentos difíceis em nossas vidas. Muitos – a grande maioria, por sinal – tendem a interiorizar seus problemas e vê-los bem maiores do que são na realidade. Tais pessoas costumam transformar suas dificuldades em inimigos tão difíceis de enfrentar e vencer que a saída, na maioria das vezes, é procurar o isolamento como forma de refrigerar o sofrimento e diminuir a intensidade da dor. Na verdade, buscam cavernas interiores onde possam se esconder e deixar a borrasca passar, ao invés de se instrumentalizarem para a luta, cultivando dentro de si as armas necessárias ao enfrentamento dos problemas. É natural esse comportamento, o que não quer dizer que seja o mais recomendável. Todos nós, em alguma circunstância de nossas vidas, habitamos cavernas. Já certas pessoas passam a viver nelas um tempo longo demais, diminuindo, com isso, a sua capacidade de luta.
A caverna pode ser até salutar quando o tempo nela vivido é utilizado para meditação, renovação de forças e cultivo de uma nova esperança. Fora disso é fuga, covardia ou a perda da capacidade de reagir, de lutar, de transformar momentos difíceis em aprendizado, capacitação. Muitos personagens ilustres se utilizaram, ao longo da história, de cavernas como forma de superar realidades indigestas. Freud, por exemplo, carregou em seu interior um longo período de tristeza pela morte de um neto. Foram anos sofridos, vividos, em grande parte, em cavernas, das quais saía, de vez em quando, para prosseguir na luta do dia a dia. São também notórios os casos de escritores, artistas, intelectuais, personalidades ilustres que, de tanto buscarem nas drogas uma caverna segura para suas aflições, vazios existenciais – e até inspiração – terminaram sucumbindo a essa nefasta convivência.
Entre os famosos, Jesus Cristo foi um craque em usar a caverna de maneira produtiva. No Jardim do Getsêmani, momentos antes de ser preso, utilizou-se esplendidamente desse instrumento de reclusão como forma de se fortalecer interiormente para enfrentar – e vencer – as horas difíceis que teria pela frente. Na solidão do ambiente, em permanente contato com Deus, através da oração, Jesus travou dentro de si uma batalha tão dolorosa que chegou a suar sangue. A beleza desse instante está em que seu sofrer não acontecia por nenhum problema criado por ele. E sim pelo preço que teria de pagar pela cédula de dívida que tínhamos com Deus por conta dos nossos pecados. Após a intensa introspecção, Jesus saiu do Getsêmani fortalecido interiormente para enfrentar a prisão, o julgamento e a morte. A caverna serviu, assim, para meditar, renovar suas forças e cultivar uma nova realidade.
Realidade que se concretizou no advento da ressurreição. Pois eram nesses instantes de isolamento, no recolhimento interior utilizado principalmente para o contato com Deus, que Jesus encontrava lenitivo para suas dores e revelação dos fatos que viriam a seguir. Ele, portanto, utilizava-se da caverna na busca das explicações para as dúvidas e incertezas que, por ventura, surgissem em seu caminho, e também na correção dos rumos no seu relacionamento com os homens. Assim, a caverna era um elemento altamente valioso na arrumação interna de suas emoções e no planejamento futuro de sua rotina. Conclui-se, então, ser muito difícil não habitarmos cavernas ao longo de nossas vidas. A questão é saber o uso que estamos fazendo dela. Se ela está nos retemperando para vitórias futuras, ou nos levando ainda mais para o fundo do poço. Aliás, agora mesmo, você está dentro ou fora da caverna?
Públio José - jornalista

4 comentários:

ALESSANDRA ARAUJO disse...

bom parabens !!!!!!! pelo texto ´´A CAVERNA DE CADA UM `` achei bem interessante. eu venho acompanhando pelo blog algumas noticias de sao jose de ubá e vcs estao de parabens.... ja fazem 3 anos que nao moro mais aí em s.j. de ubá e é atraves do blog que fico sabendo das novidades daí.
Acho que vcs deviam divulgar mais coisas a respeito da cidade, o que tem mudado por aí, os eventos, a escola enfim o trabalho de vcs ja tá otimo mas eu acho que Ubá ainda é pouco conhecida... entende!
parabens mesmo estou sempre acompanhando vcs.... grande abraço!!!
alessandra
de campos dos gpoytacazes

Sandra Valeriote - em São José de Ubá disse...

Olá Alessandra!
Realmente publicações voltadas à cidade de São José de Ubá, de algum tempo passado para cá, andei tornando meio escassa, passando a assuntos mais variados.
Sei que como você muitos, que estão distantes, buscam encontrar aqui publicações que tenham informações sobre São José de Ubá e, por conseguinte, encontrar, também, imagens de pessoas da cidade para matar um pouco as saudades.
Ocorre que passamos pelo período político e aconteceu uma sobrecarga na minha vida.
Nesse período poderia ter parado um pouco as publicações, mas existem as pessoas que criaram o hábito de passar por aqui um pouquinho, que seja. Então, por essas pessoas não parei! No entanto precisei diversificar com assuntos que não ocuparia muito a mente.
Bem, a política/2008 acabou, mas, por um período – e por já estarmos próximos dos festejos de final de ano - preciso manter esse ritmo “meio devagar” em relação a notícias específicas da cidade, para que um “descanso” aconteça de certa forma, para todos, em todos os sentidos.
Quanto a esse lado de sermos pouco conhecidos, já senti na pele. Se pessoas não forem das proximidades nunca fazem à mínima idéia de onde fica São José de Ubá. Mas acaba ficando legal, pois, de certa forma temos algo novo para apresentar ;D.
Envia-me seu e-mail, assim quando acontecer publicações que estejam bem direcionadas a cidade já logo te envio o comunicado ;)
Muito obrigada pela presença participativa!
Grande abraço!

André Alvim disse...

Oi Sandra!!he,he,he.Muito bom para refletir e por em prática o texto da Carverna. Eu, graças ao meu Poder Superior, consegui sair da caverna, mas volta e meia ainda dou uma entradinha rápida mas no fundo dela não quero mais ir. "...Luz,quero luz...".Êstou apertadão também, vc pode imaginar, por isso não tenho passado muito por aqui, mas vcs são muito especiais e São José de Ubá deve se orgulhar de vcs pelo grande trabalho de divulgação do município.Gostei da resposta ao "Passarinho". Ele trabalhou numa gráfica num período muito importante de sua vida. Em breve vcs se conhecerão. Grande abraço e serenidade sempre.André Alvim(Xôxô).

Monique Eccard disse...

Faço das palavras de André as minhas também!!! Mais quando volta e meia dou uma entradinha na caverna, sempre levo algo de ruim....deposito .. e saio rapidamente........
Afinal meditação..também faz bem para a mente e o corpo... e sabemos....
"MENTE SÃ..CORPO SÃO"...