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segunda-feira, junho 02, 2008

Comunidade: Santa MariaMutirão de prevenção contra a dengue na comunidade Santa Maria.
No dia 15 de abril de 2008, A Secretaria Municipal de Saúde através da Coordenadoria Municipal de Vigilância da Saúde, EMATER-RIO, PROJETO RIO RURAL GEF e o Grupo COGEM da Microbacia da Santa Maria/Cambiocó, realizaram o Mutirão de prevenção contra a Dengue.
O mutirão percorreu imóveis e vias públicas destruindo focos de larvas do mosquito Aedes Aegypti, transmissor da doença, retirando o lixo e distribuindo folhetos explicativos sobre como evitar a reprodução do inseto e quais os sintomas da dengue, entre outras ações. A meta foi colocar aproximadamente 260 coberturas de caixa d água.
Mostramos as famílias que o problema é de todos e todos precisam participar da solução. A preocupação da população com a doença são visíveis em função de haver surto da mesma na comunidade.
São José de Ubá, 18 de abril de 2008
Informação e imagens enviada por:
NORMA LÚCIA VIEIRA DOS SANTOS
(Supervisora local EMATER-RIO/São José de Ubá)
Informações sobre a comunidade Santa Maria, São José de Ubá: http://mbsantamariacambioco.blogspot.com/
(espaço dedicado pelo ubaense André Azevedo)



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Estimada pessoa, esse assunto sobre a dengue, no blog, teve mais de uma publicação.
Não ouço, mais, falar em ‘epidemia’, mas ainda recente ouvi sobre pessoas estarem com dengue pela nossa região.
O trabalho de combate precisa ser permanente e contínuo, e nesse caso precisamos estar sempre atentos a nossa responsabilidade como cidadão.
Encontrei essas informações, abaixo, no site do Dr. Drauzio Varella, para acrescentar à publicação. Então que fique o registro no sentido que é bom “não esquecer”.

Grata pela sua companhia através desta leitura!
Deus nos abençoe.

Paz e bem,
Sandra Valeriote

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Vigilância constante
Apesar da epidemia de dengue que se dissemina em várias partes do país e da necessidade absoluta de eliminar os focos de criação do mosquito transmissor, não há razão para pânico. Embora muito desagradável, o curso da doença é autolimitado na quase totalidade dos casos.
A dengue é causada por um arbovírus da família Flaviridae, transmitido de uma pessoa à outra através de um hospedeiro intermediário, o mosquito Aedes aegypti. O Aedes aegypti é um mosquito peridoméstico, que se multiplica em depósitos de água parada, acumulada nos quintais e dentro das casas. Apesar da vida curta, o Aedes é voraz: pode picar uma pessoa a cada 20 ou 30 minutos.
Quando o mosquito pica uma pessoa infectada, o vírus se instala e se multiplica em suas glândulas salivares e intestino. A partir de então, o inseto permanece infectado pelo resto da vida (vive ao redor de 30 dias).
Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue: sorotipos 1, 2, 3 e 4.
O mecanismo de sobrevivência do vírus, nos períodos entre uma epidemia e outra, é mal conhecido. Na Malásia e nos países do oeste da África, foram encontrados macacos infectados, verdadeiros reservatórios naturais da doença. A transmissão vertical, isto é, do mosquito-mãe para os filhos, também foi documentada. Os ovos do mosquito podem sobreviver um ano em ambiente seco, enquanto esperam a estação seguinte de chuvas para formar novas larvas. (ver "combate à dengue").
A grande maioria das infecções é assintomática. Calcula-se que em cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas fiquem doentes. Portanto, na hipótese de uma epidemia com 100 mil casos de dengue diagnosticados, existirão cerca de 1 milhão de infectados.
Quando surgem, os sintomas costumam evoluir em obediência a três formas clínicas: dengue clássica, forma benigna, similar à gripe; dengue hemorrágica, mais grave, caracterizada por alterações da coagulação sanguínea; e a chamada síndrome do choque associado à dengue, forma raríssima, mas que pode levar à morte se não houver atendimento especializado.
O período de incubação (da picada ao aparecimento dos sintomas) geralmente dura de 2 a 7 dias, mas pode chegar a 15 dias. A intensidade dos sintomas geralmente é mais leve nas crianças do que nos adultos. A doença é de instalação abrupta, indistinguível dos quadros gripais: febre intermitente de intensidade variável (que pode chegar a 39o e provocar calafrios), cefaléia, dores na região atrás dos olhos, nas costas, pernas e articulações. Muitos pacientes se queixam de dor ao movimentar os olhos, cansaço extremo e fraqueza muscular generalizada. Insônia, náuseas, perda de apetite, perversão do paladar e da sensibilidade da pele são freqüentes. Faringite e inflamação da mucosa nasal ocorrem em 25% dos casos.
Eritema (vermelhidão da pele) pode surgir no primeiro ou segundo dia: a vermelhidão se instala no tronco e se espalha para os membros, poupando palmas das mãos e planta dos pés. Bradicardia (diminuição da freqüência dos batimentos do coração) é encontrada em 30% a 90% dos casos.
A doença costuma ser bifásica: dois ou três dias depois de surgirem, os sintomas regridem e a febre cai. Outros dois ou três dias se passam e a sintomatologia retorna, geralmente menos intensa. O eritema fica mais nítido e surgem ínguas no pescoço, fossa supraclavicular e regiões inguinais.
Em poucos dias, o eritema regride novamente e a pele chega a descamar. A apresentação bifásica pode não ser nítida, nem é obrigatória. As duas fases, juntas, duram de 5 a 7 dias, tipicamente, mas a doença pode deixar um rastro de fadiga e depressão que permanece por diversas semanas.
Na forma hemorrágica, os sintomas são semelhantes, mas a doença é muito mais grave, por causa das alterações da coagulação sanguínea. Pequenos vasos podem sangrar na pele e nos órgãos internos, surgindo hemorragias nasais, gengivais, urinárias, gastrointestinais ou uterinas.
Como o leito dos capilares se dilata, a pressão arterial pode baixar, dando origem à tontura, queda, choque e, em raríssimos casos, à morte.
A fisiopatologia da dengue hemorrágica é mal conhecida. Uma das teorias parte do princípio de que ela esteja associada à infecção por cepas (linhagens) mais agressivas do vírus. A segunda pressupõe que já tenha havido uma primeira infecção inaparente pelo vírus, seguida de outra que provocaria reações imunológicas capazes de interferir com elementos essenciais do mecanismo de coagulação.
O diagnóstico de certeza da dengue é laboratorial. Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos 3 a 5 dias iniciais da doença (fase de viremia) ou por exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos).
Não existem medicamentos antivirais para combater a dengue. O tratamento é apenas sintomático. Tomar muito líquido, para evitar desidratação, e utilizar antipiréticos e analgésicos, para aliviar os sintomas, são as medidas de rotina. Por interferir com a coagulação, medicamentos que contenham ácido acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Buferin, Melhoral, Doril, etc.) estão formalmente contra indicados. Medicamentos à base de dipirona constituem boa opção para baixar a temperatura.
A dengue é doença de curso benigno, mas nos casos da forma hemorrágica é fundamental procurar assistência médica.
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Combate à dengue
É fundamental conscientizar as pessoas de que combater o mosquito da dengue, além de responsabilidade dos órgãos governamentais que deveriam encarregar-se do saneamento básico, abastecimento de água e de campanhas educativas permanentes, requer empenho de toda a sociedade, uma vez que o Aedes aegypti pode encontrar, em cada moradia e arredores, ambiente propício para sua proliferação.
Considerando os dados levantados pela Fundação Nacional de Saúde de que o mosquito vetor "foi erradicado duas vezes do Brasil, em 1955 e 1973, e que, com o relaxamento da vigilância entomológica ocorrido no final da década de 70 e início dos anos 80, foi reintroduzido, instalando-se definitivamente no país", conclui-se que o trabalho de combate deve ser permanente e contínuo.
Desse modo, algumas medidas elementares podem ser tomadas individual e coletivamente para auxiliar na erradicação do Aedes aegypti:
Vasos de flores ou plantas - a vasilha que fica sob o vaso para recolher a água excedente deve ser mantida seca. Uma boa medida é enchê-la com areia até a borda. A água dos vasos com flores deve ser trocada a cada 2 ou 3 dias;
Pneus velhos - devem ser furados para eliminar a água que eventualmente se acumule, guardados em lugar coberto ou jogados fora;
Caixas d'água - devem ser lavadas periodicamente e tampadas durante todo o tempo;
Piscinas - o cloro da água das piscinas deve estar sempre no nível adequado;
Garrafas vazias - devem ser guardadas de cabeça para baixo, em lugares cobertos e as tampas jogadas fora em sacos de lixo;
Recipientes descartáveis (copos, pratos, travessas, etc.) - devem ser colocados em sacos de lixo para serem recolhidos pelos lixeiros;
Lixo - nunca deve ser jogado em terrenos baldios, ou nas ruas e calçadas. Além disso, as latas de lixo devem estar sempre tampadas e limpas;
Bebedouros de animais - precisam ser lavados e a água trocada sistematicamente;
Depósitos de água - quaisquer que sejam os tipos e a finalidade a que se destinam, se não for possível prescindir deles, devem ser mantidos limpos e tampados com segurança;
Bromélias - algumas plantas armazenam água entre suas folhas e podem tornar-se eventuais criadouros dos mosquitos. Entre elas, destacam-se as bromélias cujo cultivo é comum nos jardins e residências. Eliminá-las não resolveria o problema da dengue e poderia afetar o equilíbrio ecológico.
Como é quase impossível retirar totalmente o grande volume de água que se embrenha pelas folhas, a solução é diluir uma colher de sopa de água sanitária em 1 litro de água limpa e regá-las duas vezes por semana. Esse mesmo preparado pode servir para inibir a formação de criadouros nos vasos de flores ou plantas com água.

Importante: Há quem afirme que a borra de café ou o fumo diluído em água também seriam úteis para controlar o surgimento de criadouros nos pratinhos sob os vasos ou na água retida pelas plantas. Em relação à borra de café, essa eficácia não foi comprovada pelos testes realizados no Laboratório de Pesquisas de Aedes aegypti do Serviço Regional de Marília da Sucen.
Uso de repelentes e inseticidas
O aumento de casos de dengue trouxe algumas alterações nos hábitos das pessoas que passaram a consumir mais repelentes de insetos e inseticidas. No entanto, seu uso exige cuidado, porque podem causar intoxicações e alergias especialmente em crianças pequenas. Nunca se deve aplicá-los em bebês ou crianças com menos de 4 anos de idade.
É importante considerar, ainda, que vários tipos de inseticida apenas afugentam os mosquitos de dentro dos domicílios e são ineficazes em relação aos focos que estão nas redondezas. O mesmo acontece com os produtos naturais à base de citronela e andiroba. Portanto, os cuidados com os locais que eventualmente possam transformar-se em criadouros não podem restringir-se aos períodos de chuva e calor, época de maior incidência da dengue, nem à aplicação ocasional de inseticidas e repelentes.
Reprodução em água suja
Em Pernambuco, os biólogos Cleide Albuquerque e André Furtado localizaram em Olinda e Recife respectivamente, em diferentes ocasiões, larvas de Aedes aegypti em água que continha resíduos de alimentos e de sabão. Por isso a população está sendo instruída para não jogar larvas do mosquito em vasos sanitários ou canaletas, mas sim na areia porque elas não sobrevivem em ambiente seco. Embora o achado demande mais pesquisa e observação, pode ser sinal de que o mosquito esteja desenvolvendo novo mecanismo de adaptação.
Bioinseticida
Segundo matéria de Luciana Miranda publicada no jornal "O Estado de São Paulo", na Universidade Estadual Fluminense (RJ), está sendo desenvolvido um novo bioinseticida para atacar as larvas do mosquito da dengue que poderá substituir os larvicidas químicos. Seu componente básico é a bactéria BTI (bacillus thuringiensis israelensis). Esse microorganismo produz uma toxina que ataca as larvas do Aedes aegypti sem prejudicar outros animais, seres humanos ou o equilíbrio ecológico. As larvas do Culex e do Anopheles, mosquitos transmissores de outras doenças, também são atacadas pela bactéria BTI. "O estudo começou em dezembro passado e os pesquisadores esperam ter os primeiros resultados nos próximos dois anos".








2 comentários:

Anônimo disse...

Sandra, imagine só hj que eu vi esta postagem obrigado pela citação do BLOG, um grande abraço!
Andre Azevedo

Monique Eccard disse...

Belo trabalho!!!!!
A parceria entre Prefeitura e Vigilância Sanitária sempre engrandecem e sanam vários problemas!!