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terça-feira, fevereiro 06, 2007

São José de Ubá se destaca através do trabalho premiado da professora Lucilia dos Santos Alves.
O concurso realizado pela Academia Brasileira de Letras (ABL) recebeu 18.176 redações de professores de todos os estados brasileiro, cujo tema foi: "A importância do livro no Brasil do século 21".
Entre as 100 redações selecionadas temos a satisfação de ter a da, querida, professora Lucilia, de São José de Ubá-RJ. Que neste 07 de fevereiro de 2007 estará sendo recebida com os demais selecionados pela ABL, para receber, em mãos, a coletânea especial do concurso, com sua redação impressa.

...
Mudando o estilo de escrever porque não está combinando comigo :) :) :)
Pois bem, o negócio é esse o caso é esse...
A querida Lucilia é gente que amo! Pois é pessoa que não deixa a peteca cair, é pessoa que faz a diferença, é pessoa guerreira.
As dificuldades da vida? Ela (Lucilia) teve e tem muitas. Mas as dificuldades da sua vida não se transformaram e nem se transformam em muralha, angústias ou lamentações.
É prazeroso pensar e escrever sobre um ser humano como a Lucilia, ubaense de coração.
Caramba! Tudo é tão mais fácil quando a vida oferece confortos ... facilidades ...
Tudo é tão mais fácil quando as possibilidades para se ter cultura está acessível.
Mas e quando a pessoa (Lucilia) mora numa zona rural (no Brasil), é professora de crianças humildes, simples demais, não possui recursos cultural disponíveis, é esposa, é mãe, é responsável em cuidar das suas criações (porco, galinha, patos, gatos, cachorros...)????
E no entanto essa pessoa (Lucilia), hoje, trabalhando com artesanatos para acrescentar ao orçamento doméstico, madrugadas afora, se ocupa ao mesmo tempo em escrever sua redação, se preocupa em participar, tem em si o desejo de apresentar o seu ponto de vista de maneira digna.
Aos seus amados: esposo, filhas e netos creio que se exista a seguinte visão:
“De que são parte da vida de uma guerreira, que busca a diferença para melhor nessa vida. E, provavelmente, através dessa certeza sabem, os seus amados, o quanto foram abençoados nessa vida por Deus".
Então... Como não ter orgulho de uma professora assim? ... Uma esposa assim? ... Uma mãe assim? ... Uma avó assim? ... Uma cidadã assim???
O mundo precisa e merece mais “Personalidades Lucilia´s”.
Um acontecimento entre eu e ela...
Ela assumiu a banca de jornal da nossa cidade, São José de Ubá, então poucos dias atrás, voltando de uma viagem e ainda sem saber que a banca estava sob a direção dela, eu estava passando e fui chamada por ela para ser informada.
Eu até disse a ela: - não me vende nada porque to sem grana...rs
Pois bem, estávamos no meio da nossa conversa e ela disse algo que me fez rir pra caramba ... Mas, leitor, de coração eu disse a ela que ia escrever o que foi dito naquele dia aqui nesse blog, ela permitiu, mas não posso, não consigo ... mas eu ri muito rsrsrs.
Essa é a Lucilia: ALEGRIA!
Deixo essa pequena demonstração, através de imagens, dessa guerreira.

Lucilia e seus amados:
Esposo Waldemar - Filhas: Érica e Flávia - Netos: Jackeline, Felipe, José Jorge e Paulo Renato

Lucilia e seu mundo: "vovó faz arte" - criação de belíssimas peças artesanais.

Conseguimos presentear de uma forma muito bacana nossos parentes e amigos com peças feita por ela ... cada peça um toque especial, feita com muito carinho...

A você, querida, Lucilia deixo uma singela homenagem que são palavras ditas numa letra de música, que amo, acredito que combina demais com você.

Com carinho, Sandra Valeriote

"...penso que cumprir a vida seja simplesmente compreender a marcha e ir tocando em frente..."

"... cada um de nós compõe a sua estória ... cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz..."

Fica aos leitores a redação feita pela professora Lucilia.

Redação esta que estará na coletânea: "A importância do livro no Brasil do século 21."

"A importância do livro no Brasil do século 21"

Cheguei! Pousei, cansada, da árdua jornada, no século XXI.
Passei por um turbilhão de fases, etapas amarelecidas pelo tempo, mas vivas e cálidas lembranças que aquecem o coração e trazem brilho ao olhar.
Velha mestra, com recursos escassos, meio que perdida num mundo de tecnologia, computadores, celulares, eletrônica, tudo eletrônico... Nesse mundo robótico que antes era só ficção, relembro, com saudade, minha pequenina escola. Com sementes germinando em potinhos nas janelas e outras sementinhas, as do saber, germinando mais lentamente nas cabecinhas.
Um pontinho no Brasil. Pequenino ponto formado por brasileirinhos, formando cidadãos que fossem ativos em suas comunidades.
Material didático? Coisa pouca, quase nada. Nossa janela para o mundo: Os livros!
Apaixonada pela literatura, instigava, aguçava a curiosidade, motivava meus pequeninos com idéias mais voltadas para o trabalho rural, que por páginas e páginas, que a custo assimilavam.
Nunca desanimei, ainda hoje, com netinhos “vovó faz arte” para deixar de herança o amor pelos livros, com gravuras, com pequenos textos, passos iniciais rumo ao mundo fantástico da leitura.
Existe a tentativa de fazer de mim, senão uma campeã, pelo menos participante de jogos modernos em compensação argumento: Não, não é como na televisão, não tem que se apertar botão algum. Apenas um lugarzinho sossegado, uma hora bem escolhida e lá vamos nós...
Atravessar desertos e florestas, visitar pequenos sítios de antigas fazendas para encontrar, quem sabe, Ceci e Peri; navegar em mares bravios, praias de areias brancas. Ser herói, bandido, astronauta, menino maluquinho, andar descalça nas areias dos capitães, ajudar o Pequeno Príncipe com as raízes de baobás, viajar em Rosinha, aquela canoa. Compreendendo as mensagens, às vezes cruéis, dos adultos para repassar os belos contos infantis aos pequeninos...
Ah! Viagens empolgantes dentro das palavras, enigmas a serem resolvidos dentro de contextos, amores contidos em frases.
Nada que a tecnologia alcançou pode superar o prazer de ler.
Não é infelizmente na realidade prazeroso a todos. Avançamos tanto que lemos porque somos obrigados por currículos.
Crianças cada vez mais longe dos livros, mais perto dos botões que dão pronto raciocínio.
Não é, nunca será o livro substituído, utopia, talvez, mais nada, nada mesmo, pode causar a sensação de descoberta, do entender o sentido, interpretar cada qual a seu modo, o que alguém escreveu e se lê.
E fica. Sem disquetes, na memória, memória mesmo que existe e não é computadorizada. Fica e ajuda a compreender o mundo. A enxergar melhor, com mais clareza o que temos no presente e o que nos reserva o futuro.
Que será dos brasileirinhos do século XXI, longe dos livros. Acho que, talvez, eu seja apenas um pontinho final (.) lutando com teclas, controles e botões. Mas não vou desistir... Que venha o século XXII! Quem sabe até lá o homem cibernético retorne a sua condição de Homo Sapiens? Afinal “o objeto da História é por natureza o homem”, segundo Marc Bloch.
Quem sabe até o livro volte a ter sua importância conquistada e merecida.
Lucilia dos Santos Alves

3 comentários:

Unknown disse...

Estou deixandoum abraço as pessoas teste blogger, DE São Joé de Ubá, pessoas que não conheço pessoalmente mais aprendi a dar o maior respeito, Sandra Valeriote sem comentarios pessoa intelegente,muito alegre,mais a amizade por mais longe que for suas mensagem sempre estarão bem peto de nos, como A`Professora Lucilia dos Santos Muito simpatica,e colocando seus sentimentos de como sobreviveremos nesta época digital,sem contos de fadas, sem imaginação,fico até supreso como semos iguinorantes se deixarmos de ler e ver oque esta acontesendo ao nosso redor um abraço a todos. Fiquem com Deus WIlson José de Siqueira

Monique Eccard disse...

É...o real valor de nossa cidade...se dá ao simples momento de termos pessoas que fazem a diferença..que se destacam!!!!
Me orgulho por isto..e sei que em algum lugar....no coração de todos que passam por aqui...também sentem..por termos Dona Lucília....... pois ela é de São José de Ubá!!!!
Parabéns pela matéria e por dar o merecido valor a quem realmente o tem!!!!!!!!!
Parabéns Dona Lucília!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Valeu Sandra, obrigada mesmo pelo se interesse em divulgar o trabalho da mamãe.bjs