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sábado, fevereiro 24, 2007

A professora Lucilia dos Santos Alves representando nosso município, São José de Ubá, com muita dignidade na ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS - ABL





Vou usar essa publicação onde o assunto em questão foi um destaque a literatura, que envolve educação, para deixar um "ponto de vista pessoal" sobre um assunto muito em destaque: PAZ.
Existe um velho ditado que diz: “pedir Deus deixou, dá quem quer”. E, em dias atuais, a paz vem sendo "muito" solicitada pelo ser humano ... “precisamos de paz!”... “queremos paz!”... “justiça para que se tenha paz!”
De volta ao ditado acima: esse pedido de paz está sendo feito a quem? Seria a uma classe que foi excluída, esquecida? Será que esse pedido de paz está sendo feito a um homem, hoje já feito, mas que um dia foi uma criança abandonada, mal tratada, que não teve oportunidade alguma para estar no meio da sociedade dita justa? Usar como desculpa pobreza, exclusão social ou seja lá qual outra situação seja é justificativa para se formar violência? Para muitos não, mas pelo que estamos acompanhando no dia a dia muitos se entregam ao lado mal da vida. E em suma uma das grandes desculpa/justificativa de atos de violência é a pobreza acompanhada da exclusão social.
Pois bem, recebo por e-mail diversos pedidos de paz, através de textos sofridos, imagens marcantes, correntes (fala sério... tão de corrente é...). Tem algumas coisas que num momento parece mexer com o lado emocional que acabo até fazendo o mesmo sem pensar e repasso. Mas daí vem ao pensamento: "o que adianta pedir paz aos nossos amigos? Ao menos eu não tenho amigos que vivam mal... O máximo que pode haver na vida dos meus amigos são problemas normais que acontece na vida de todos. A personalidade, dos meus amigos, já estão formada, e dentro dessas personalidades o conhecimento de que existem “regras” para o convívio social.
Acabo de completar 35 anos, e quando penso na minha infância parece que a vivi séculos passado. Não me lembro de ter visto ninguém pedindo paz na minha época de criança, de adolescente. Me lembro é que existiam ATITUDES que aconteciam dentro da minha casa (pelos meus pais), como também na dos meus amigos, dentro da minha escola (pelo diretor, professores, secretários, faxineiros – TODOS ERAM RESPEITADOS), atitudes na sociedade ... Era assim: As pessoas não pediam, elas agiam.
Coitados de nós se fizéssemos algo, errado, na escola e o professor enviasse um bilhetinho aos pais. Agora fico espantada quando converso com algum professor e ele diz: - coitados de nós se enviarmos um bilhetinho aos pais.
Os filhos parecem estar ganhando um poder de que: eu sou o melhor, eu posso tudo... Mas acontece que os filhos são os melhores e podem tudo com os pais (sem generalização), com a sociedade não. E é com a sociedade que será o convívio desses filhos na vida adulta (Ninguém é melhor ou pode tudo! - é onde entra o professor que vai colaborar em muito levando as nossas crianças ao convívio social - Então: RESPEITO AO PROFESSOR!). As nossas crianças de hoje, adultos das próximas décadas, também estarão passando pelo convívio com essas crianças que hoje não existem para a sociedade. Essas crianças, de hoje, excluídas, serão os adultos que, também, não terão “coração” no futuro. E o pedido continuará: "queremos paz!"... "precisamos de paz!" ... "justiça para que se tenha paz!".
Sem a EDUCAÇÃO “PARA TODOS” pedido de paz será sempre um movimento feito apenas para nós mesmos.
Como ensinar, hoje, a esses adultos marginalizados que existem “leis” para o convívio social? Sendo que quando crianças ninguém olhou por eles.
EDUCAÇÃO PARA TODOS HOJE... PAZ NO CONVÍVIO FUTURO DA PRÓXIMA GERAÇÃO.
Já ocorreu atos de violência, lamentáveis, em nossa comunidade. Qual lugar nunca passou por alguma situação difícil? Mas minha decisão de deixar essa publicação é pelo menino João.
Paz e Bem
Sandra Valeriote




Um comentário:

Anônimo disse...

Sandra, como você havia me dito, o assunto é interessante e complexo. Parabéns pela
sua coragem, capacidade e vontade de querer uma sociedade melhor e mais
justa,visando o bem estar para todos através desta mensagem. Você fala na
Educação=Educar+Ação. Só educar não basta, é necessário o acompanhamento, ou
seja, a ação. Aí a gente volta na família, (deixando de culpar somente as
autoridades, êles também têm sua culpa) que a geração é a mesma sua, um
pouco antes ou um pouco depois de seu nascimento. Você iria brigar com o
professor se recebesse um bilhetinho? O professor também deve fazer a parte
dele, ou quer se acomodar? É necessário que resgatemos alguns valores
familiar. Por exemplo: ética, respeito, etc.....
No momento em que existir respeito na família, na escola, consequentemente
irá existir na polícia, na política e na sociedade (Mas mesmo acompanhando situações ocorridas na atualidade que demonstram o contrário (muita ausência de comportamentos necessários para o bom convívio), ainda assim não podemos generalizar e nos tornar incrédulos).
Fazendo uma leitura hoje
na veja, achei interessante a simplicidade da resposta dada pelo autor da
matéria, quando a revista perguntou-lhe: qual conselho daria a quem quer ser
ÉTICO no dia a dia? Resposta: comece pelo mais simples.Cumprimente as
pessoas, diga Bom Dia, seja educado com quem convive.
Gostei muito de seu trabalho, continue assim.
Beijos do seu pai.
Valter Clemente