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segunda-feira, fevereiro 02, 2009

A Saúde Emocional na Terceira Idade

Por: Drª. Mariana Ramos - Psicóloga
Falar em saúde emocional é complexo, pois são diversas as emoções e todas devem ser experimentadas para nos constituirmos enquanto seres humanos, partindo do pressuposto que são as emoções que nos tornam humanos. E, a origem dessas emoções está no pensamento, se dentro de meu pensamento tem um conteúdo positivo, mensagem de otimismo, alta auto-estima e valorização de si mesma conseqüênciará emoções boas, de alcance de seus objetivos, o mesmo acontece com as chamada energias negativas, se esta é o conteúdo de meu pensamento desencadeará emoções como angústia, desespero, raiva etc. Para se atingir a saúde emocional dentro da terceira idade é necessário primeiro começar a detectar quais são meus pensamentos em relação à terceira idade, o que no Brasil já temos um agravante cultural que supervaloriza a juventude, não como no Japão e em filmes orientais, onde aquele que guia e é sábio é a pessoa idosa que tem essa função pela acumulação de experiências ao longo da vida. Se pensarmos que nada dá certo, realmente vamos nos sentir assim, mas se fizermos parte de um ambiente que vê a terceira idade como algo diferente, com o pensamento de “longevidade com qualidade”, onde pensamos terceira idade como o tempo de colher frutos, de lazer, de conversas, de curtir todo o SEU momento, seja em roupas, seja em arte, seja em casa, com os antigos amigos, brincar com os netos e com a criançada da rua, contar suas histórias e compartilhar experiências contando com o descanso merecido e sem preocupações com horas, com contas com relações poderosas e submissões, admirar a natureza e os prazeres que ela têm para nos dar e se sentir bem, atingiu-se a qualidade de vida, a saúde emocional. O principal fator de atingirmos a saúde emocional é a busca de prazer em nossas atividades, a busca desse prazer e o pensamento positivo de lutar para alcançar o “sentir-se bem” e para isso é necessário que quebremos a rotina para a cada dia fazermos coisas diferentes, sem receitas prontas e sim o que EU considero como prazeroso. Alguns exemplos de atividades prazerosas são: pegar caminhos diferentes para se chegar a um mesmo lugar; ler um livro; ouvir músicas; fazer palavras cruzadas; adedanha; ter mais contato com a natureza, experimentar sabores diferentes dos usuais; dedicar um dia a um sentido diferente (a todos os cheiros, formas geométricas, cores, sons) e também associar cheiros e sensações diferentes; pesquisar preços de produtos, pintar; cantar; cozinhar; ver filmes; rir; iniciar um hobby novo; cuidar de uma planta, montar horta, um aquário; praticar o relaxamento; praticar a meditação; exercitar seu corpo; escrever uma história, um conto, uma poesia etc. E, para melhor atuação dentro dessas atividades nada melhor do que exercê-las em grupo, seja na igreja, seja na vizinhança ou na família na amplitude de membros que essas definições nos trazem. Na realidade de São José de Ubá, temos o Grupo Jayr dos Santos onde podemos trabalhar mente e cérebro na procura do prazer seja com atividades psicodramáticas, de biodança, dança sênior, musicoterapêuticas, neuróbicas visando também prevenção e reabilitação cognitivas, pois a saúde emocional também implica as estimulações de atividades cognitivas vinculadas ao prazer e esse prazer é imensamente alcançado no âmbito social, onde podemos entrar em contato com muitas maneiras diferentes de viver, muitas experiências de vida e haver a troca das mesmas. Como nos diz o sábio Gonzaguinha, para atingirmos a saúde emocional em qualquer fase de nossas vidas uma ação é necessária:Viver e não ter vergonha de ser feliz!

Trabalho realizado com o Grupo da Terceira Idade Jayr dos Santos, em São José de Ubá-RJ

fonte: Informe Comercial - nº 004/setembro 2008 - ACIA

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