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quinta-feira, outubro 05, 2006

Conhecendo, um pouco, a cidade São José de Ubá-RJ
PARTE I
SÃO JOSÉ DE UBÁ
Que lugar é esse?
Origem
São José de Ubá foi habitado pelos índios puris, os quais possuíam aqui vários aldeamentos.
Conhecida no final do século XIX como rancho dos ubás.
Abrigava os tropeiros vindos, na sua maioria, de Minas Gerais. Eles pernoitavam à sombra dos ubás (ubás são plantas nativas da região que se assemelhavam com os pendões da cana-de-açúcar e são usadas para a confecção de gaiolas, balaios e cestos) e partiam para os seus respectivos destinos ao amanhecer.
Provavelmente desbravada por bandeirantes, podendo ser citado Cândido Martins Esteves que por aqui passou por volta de 1845.
Das terras de São José de Ubá, o mais antigo proprietário de que se tem notícia é Firmino Moreira Ramos (1886). Mais tarde, essas terras foram passadas para José Bastos Neto (Juca Neto), que, posteriormente, doou parte delas a São José que era padroeiro de uma pequena capela da localidade. Os tropeiros referiam-se a esta vila como São José dos Ubás, mais tarde São José de Ubá.
Onde fica?
São José de Ubá está localizado no Noroeste do Estado do Rio de Janeiro
O município limita-se:
Ao Norte e Leste, com o município de Itaperuna;
Ao Sul e Sudeste, com o município de Cambuci;
A Oeste, com o município de Miracema;
A Sudoeste com o município de Santo Antônio de Pádua.
Sua área:
São José de Ubá tem uma área de 249km/2 e uma população de 5.922 habitantes (senso IBGE/1996)

Principais Eventos:
Março: Exposição Agropecuária
Abril: Festa do Templo Batista
Maio: Festa da cidade (religiosa)
Junho: Festas Juninas realizadas pelas comunidades e colégios
Julho: Festa do Ubaense Ausente
Agosto: Festa do Tomate
Dezembro: Festa de Emancipação da cidade com a já conhecida Missa das Famílias
Sobre os habitantes:
As pessoas que nascem em São José de Ubá são chamadas de ubaenses.
Quem são os ubaenses?
O povo ubaense é um povo acolhedor, pacífico, amigo e trabalhador. Setenta (70%) da população ubaense acha-se concentrada na zona rural (Água Limpa, Barro Branco, Boa Mente, Brejo, Cachoeira Alta, Cambiocó, Campo Grande, Cascata, Colosso, Cruz da Moça, Jenipapo, Gouveia, Inveja, Mangueira, Mavorte, Monteiro, Panelão, Paredão, Ponte Preta, Prosperidade, Recreio, Valão da Serra, Valão dos Porcos e Vargem Alegre) onde toda família trabalha propiciando assim melhores condições de vida.
CULTURA
Algumas formas de falar, e seu significado, do povo ubaense:
Quem tem tempo faz colher de pau e borda o cabo
Significa: pessoas desocupadas
Besteirinhas
Significa: grampos de cabelo
Pelejar
Significa: lutar, relembra a peleja que é uma coberta pequena que não dá para duas pessoas se cobrirem
Quebranti ou mal olhado
Significa: olhar invejoso que desencadeia atrofiamento
Letra
Significa: nota promissória, duplicata
Levou peru
Significa: homem/mulher que se recusa a uma dança
Prosear
Significa: jogar conversa fora
Pé d´água
Significa: muita chuva
Vai cair um toró
Significa: que vai chover muito
Vai pastar
Significa: vai fazer outra coisa, deixar de amolar
Vai plantar fava
Significa: vai fazer outra coisa
Chá de cadeira
Significa: esperar muito tempo
Deus é pai, não é padastro
Significa: Deus é sempre misericordioso.

COMIDAS TÍPICA:

Doce de tomate, canjiquinha com costelinha de porco, broa, abobrinha verde batida, arroz carreteiro, doces em compotas, bolo de aipim, bolo de laranja, bolinho de mandioca, angu, tutu com molho de lingüiça e cebola, etc.

TRABALHOS ARTESANAIS QUE SE DESTACAM:

Crochês, marcas, pinturas (tecidos e porcelanas), tricot, doces caseiros, balaios, cestas, esteiras de taboa, vassoura de vasculhar casa de palha.

NÃO MUDA A TRADIÇÃO:

Enterros
Mesmo que a pessoa falecida more vizinha ao cemitério, ou sendo velada na capela mortuária (ao lado do cemitério) o cortejo do enterro tem que percorrer as ruas principais da cidade como uma despedida e passar pela Rua da Gruta para depois ser enterrado.
Ao retirar o corpo do falecido (a) para o cortejo do enterro, todos os cômodos da casa são varridos em direção à porta por onde saiu o caixão. A pessoa que primeiro segurar o caixão será também o último a segura-lo no momento de coloca-lo na sepultura. E dando continuidade a todo este ritual, cada pessoa que está próxima à cova deve jogar três punhados de terra em cima do caixão.
Quando morre alguém, as pessoas mais conhecidas pernoitam na casa do morto fazendo companhia aos familiares. Nesta ocasião são servidos: rosca, broa, pão, café, leite, etc.

Sistema: Caderneta

Temos, ainda, o costume de comprar fiado, usando a caderneta, nos açougues, nas padarias, nas farmácias, nas vendas demonstrando assim que o compromisso oral está acima de qualquer documento escrito.
No final do mês, ou no dia do pagamento o devedor vai ao local onde está devendo acertar a sua conta.

Um comentário:

Anônimo disse...

suas fotos estão realmente muitos lindas essas paisagen estão show de bola.