SÃO JOSÉ DE UBÁ - RJ

Comunicado:

Depois de ser marcado (21/10) uma roda de amigos para estar cantando ao som de um violão, e todos ficarem perdidos pois só havia a música: Você foi... (escolhida por Monique :)) Que aliás se o cantor Roberto Carlos tivesse ouvido ... :O Nem sei!

Bem, agradeço, muito, as pessoas que enviaram letras de música para o e-mail da Monique. Agora é não se esquecer que precisa acontecer a "harmonia" ;). Pois da primeira tentativa não combinava o som que saía do violão do Gustavo, com o som que saía das bocas ... (verdade seja dita!:))

Nos finais de semana aqueles que não tiverem nada... nada... ou nada para fazer, sintam-se a vontade para ir ao clube, pois está sendo selecionada novas músicas, e por certo em outras tentativas o som entre o que sai do instrumento musical e o que sai da boca vai acabar combinando.

Ao meu e-mail veio uma valsinha, maravilhosa, que um amigo enviou para ajudar. Deixo aqui a letra dessa valsinha e aproveito para deixar outras letras para aqueles que quiserem copiar e levar como cola. Letras essas que acredito serem fáceis para todos cantarem ou ao menos fazer sair um som da boca :P

* Valsinha

Um dia ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar

Olhou-a dum jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar

E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar

E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto convidou-a pra rodar

Então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar

Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar

Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar

E cheios de ternura e graça foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou

E foi tanta felicidade que toda a cidade enfim se iluminou

E foram tantos beijos loucosTantos gritos roucos como não se ouvia mais

Que o mundo compreendeu

E o dia amanheceu

Em paz

(Vinicius de Moraes, Chico Buarque)

* O menino da porteira
Toda vez que eu viajava pela estrada de Ouro Fino
De longe eu avistava a figura de um menino
Que corria, abria a porteira, depois vinha me pedindo
Toque o berrante, seu moço, que é pra eu ficar ouvindo
Quando a boiada passava e que a poeira ia baixando
Eu jogava uma moeda, ele saía pulando
Obrigado, boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando
Praquele sertão afora meu berrante ia tocando
Nos caminhos desta vida muitos espinhos encontrei
Mas nenhum calou mais fundo
Do que isso que eu passei
Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei
Vendo a porteira fechada e o menino eu não avistei
Apeei do meu cavalo num ranchinho beira-chão
Vi uma mulher chorando, quis saber qual a razão
Boiadeiro, veio tarde, veja a cruz no estradão
Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração
Lá pras bandas de Ouro Fino levando muito gado selvagem
Quando passo na porteira até vejo a sua imagem
O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem
Daquele rosto trigueiro desejando-me boa viagem
A cruzinha do estradão do pensamento não sai
Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais
Nem que o meu gado estoure que eu precise ir atrás
Neste pedaço de chão, berrante eu não toco mais

* Panela Velha
To de namoro com uma moça solteirona
A bonitona quer ser a minha patroa
Os meus parentes já estão me criticando
Estão falando que ela é muito coroa
Ela é madura, já tem mais de trinta anos
Mas para mim o que importa é a pessoa
Não interessa se ela é coroa
Panela velha é que faz comida boa
Menina nova é muito bom mas mete medo
Eu só confio em mulher com mais de trinta
Sendo distinta, a gente erra, ela perdoa
Para um capricho pode ser de qualquer raça
Ser africana, italiana ou alemoa
Não interessa se ela é coroa
Panela velha é que faz comida boa
A nossa vida começa aos quarenta anos
Nascem os planos do futuro da pessoa
Quem casa cedo logo fica separado
Porque a vida de casada às vezes enjoa
Dona de casa tem que ser mulher madura
Porque o contrário o problema se amontoa
Não interessa se ela é coroa
Panela velha é que faz comida boa
Vou me casar pra ganhar o seu carinho
Viver sozinho a gente disacorsoa
E um gaúcho sem mulher não vale nada
É que nem peixe viver fora da lagoa
To resolvido, vou contrariar meus parentes
Aquela gente que vive falando à toa
Não interessa se ela é coroa
Panela velha é que faz comida boa

* Todas as manhãs
Todas as manhãs quando eu acordo
Eu me lembro de você
Todos os momentos do meu dia
Não consigo te esquecer
Diga, meu amor, o que é que eu faço
Pra não me lembrar do seu abraço
Eu preciso te esquecer
Entro no meu carro e ligo o rádio
E uma canção me traz você
Tudo que eu vejo de bonito
Se parece com você
Diga, meu amor, o que eu faço
Eu preciso arrebentar de vez os laços
Que me prendem a você
Chuva fina no meu pára-brisa
Vento de saudade no meu peito
Visibilidade distorcida
Pela lágrima caída
Pela dor da solidão
Sempre nos lugares onde vou alguém pergunta de você
Paro no sinal e olho a rua na esperança de ter ver
Diga, meu amor, o que eu faço
Tudo faz lembrar você por onde passo
E eu preciso te esquecer

* Cabecinha no ombro
Encosta a tua cabecinha no meu ombro e chora
E conta logo sua mágoa toda para mim
Quem chora no meu ombro eu juro
Que não vai embora, que não vai embora
Que não vai embora
Amor, eu quero o seu carinho
Porque, vivo tão sozinho
Não sei se a saudade fica ou se ela vai embora
Se ela vai embora, se ela vai embora
Saudade, palavra triste quando se perde um grande amor
Na estrada longa da vida eu vou chorando a minha dor
Igual a uma borboleta vagando triste por sobre a flor
Seu nome sempre em meus lábios
Irei chamando por onde for
Você nem sequer se lembra
De ouvir a voz desse sofredor
Que implora por seu carinho
Só um pouquinho do seu amor

* Coração de papel
Se você pensa que meu coração é de papel
Não vá pensando, pois não é
Ele é igualzinho ao seu
E sofre como eu
Por que fazer chorar assim?
Se você pensa em fazer
Chorar a quem lhe quer
A quem só pensa em você
Um dia sentirá que amar é bom demais
Não jogue amor ao léu
Meu coração que não é de papel
Por que fazer chorar
Por que fazer sofrer
Um coração que só lhe quer?
O amor é lindo, eu sei
E todo eu lhe dei
Você não quis, jogou ao léu
Meu coração que não é de papel
Não é, ai, ai
Meu coração que não é de papel

Além dessas músicas, acima, que considero serem fáceis para serem cantadas, outras, letras, que acredito ficarem ótimas para uma roda de amigos cantando ao som de violão são das pessoas: Tom Jobim, Gonzaga Jr., Djavan, Zé Ramalho, João Bosco, Tim Maia ... Tenho letras desse pessoal também, querendo é só pedir.

Mesmo, eu (Sandra), não estando participando de todos esses momentos, por certo meu apoio e carinho podem estar sempre na certeza de terem ;)

Abrs e Bjos dessa amiga,

Sandra Valeriote